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Writer's pictureBRUNA DIAS

Senhor, Me Ajuda!


Através dos nossos filhos, o Senhor nos ensina a sermos mais tolerantes. É um exercício que nos pega de jeito pela mão, contra a nossa própria vontade, evidentemente.


Não, não é fácil perceber que um filho derrubou o pote de açafrão pelo chão branquinho da cozinha, e que comer sabonete já se tornou um hábito corriqueiro. Fora as outras coisas que chamam a atenção dos pequenos, e, "opa", põe na boca logo de cara, como por exemplo: uma nota de R$20,00. Sim, o Ricardinho cometeu essa façanha. No fim, restou uma nota toda mastigadinha, e babada, é claro.


Nós observamos essas cenas e respiramos BEM fundo, como se a calmaria fosse encontrada nesse ato, e de fato é. Ela vem de dentro, da alma. A cada respiro um "Senhor, me ajuda!"


Imediatamente conseguimos contornar a situação e fazemos o que tem de ser feito: limpar, secar, organizar e ensinar, naquela: repetindo "70x7" a mesma coisa.


Ora, ora, ora, não foi assim que Cristo nos ensinou a perdoar os nossos irmãos? Quem dirá os nossos filhos!


Num ato falho nosso, em Cristo encontramos refúgio, proteção e perdão. Que maravilhosa graça!


Uma vez enxertados na videira verdadeira, temos a obrigação de retribuir o que de graça recebemos. E, naqueles pequenos seres humanos, de olhinhos brilhantes, enxergamos à nós mesmas, diante do Pai amoroso, clamando por "tolerância" após cometermos o mesmo erro copiosamente.


Percebe que quando invertemos os papeis, a cena continua sendo familiar? É que no dia a dia, na prática das mesmas coisas, não nos damos conta da nossa realidade caída. Sempre será mais fácil despejarmos no outro nossas irritabilidades, falta de atenção e descuidado. Por que não dizer nossos pecados?


Eu sei, dói mais.


Ao vermos nossas misérias refletidas no espelho, e perceber que somos perdoadas continuamente, nos constrangemos. Que maravilhosa graça!


Quando oferecemos nossos respiros de "Senhor, me ajuda!", aos nossos filhos, a compreensão diante daqueles que nada sabem sobre a vida, se torna muito clara: "Eles ainda estão aprendendo. Afinal, por isso são crianças." Como será que eles se sentem ao final? Constrangidos? Não tenho dúvida!


É assim que nos sentimos.


Todos os dias observo o meu entorno com um olhar sensibilizado, reconhecendo que nada sei sobre mim mesma, e a necessidade constante da ajuda do Senhor, principalmente na condução dos meus filhos. Peço então, que Ele que me alcance com bondade e misericórdia, para que eu possa vencer mais um dia debaixo da graça, sendo uma mãe imperfeitamente aperfeiçoada através dos erros corriqueiros, daqueles que nem me dou conta.


Esses dias, numa simples oração, pedi para que Ele me inspirasse a escrever algo, para que uma vez mais, eu pudesse ser bênção na vida de cada mãe que recebe uma porção de graça em seu dia a dia. Foi então, quando eu menos esperei, que a cena do açafrão espalhado pelo chão, me rendeu essa crônica.


O ensino foi muito claro: "Minha filha, seu dia a dia está repleto de graça. Observe-o e conte as bênçãos!"


Por isso, querida mãe pela graça, continue pedindo "Senhor, me ajuda!" e conte as bênçãos, uma vez mais.

1 comentario


Invitado
19 jul

Uau! 🥹🤍

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