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Writer's pictureMailin Ulrich Brizola

Livres dos “pesos” na maternidade

Leveza. Talvez este seja um sentimento ou modo de viver (leve) genuinamente almejado na maternidade. Para aquelas que já seguem confiantes na certeza de que imperfeitas são ou àquelas que lutam contra as arapucas do orgulho, da insegurança, culpa ou comparação, viver leve se encontra em um pedido diário na oração. E, de fato, a conversa com o Pai, a entrega e a confiança plena do controle de Deus nos “temas da maternidade” (e todos os outros da vida!) podem resultar no olhar concentrado no que verdadeiramente importa e no descarte daquilo que nos faz pesar. Jesus convida cansados e sobrecarregados a encontrar o descanso Nele, que é manso e humilde. Ele é o fundamento para as almas daqueles que tomam seu jugo suave e carregam seu fardo leve. (Mateus 11:29 e 30).


Estas palavras de Jesus têm diversas aplicações. Mas hoje eu quero apenas pensar no nosso Senhor como uma pessoa leve. E por que não, divertida e alegre? Não concordo com algumas ilustrações ou encenações de um homem carrancudo e de poucos sorrisos. Jesus têm a melhor notícia do mundo para dar àqueles que ele tanta ama, senta para falar com as crianças e certamente dedicava seu tempo (quando em terra como humano estava) no que tinha valor interno e eterno.


E tudo isso dito até aqui é para lembrar que os momentos de brincadeiras, de sentar no chão com os filhos e dedicar tempo de qualidade aos pequenos também pode nos fazer refletir Jesus em nossas vidas. E quando recorremos ao amor, cuja fonte é nosso Deus, alguns pesos começam a despencar. Que pesos poderiam ser esses? Tempo precioso gasto olhando para uma tela de celular, a neura com a missão impossível de ter tudo limpo e organizado, o receio de parecer infantil, a priorização do trabalho ou mesmo ministério frente à família, a ilusão de que “coisas” são elementares e que o “ter” remete a felicidade, a procrastinação ou mesmo o costume de não dar atenção. Estes pesos impedem o fluir da leveza e da graça.


Talvez eu possa parecer desencanada demais, mas para mim existem coisas muito mais valiosas do que um sofá sempre limpo ou roupas sem manchas. Uma boa dança dos hits do “Dj Risonho” com a Melissa certamente valem mais do que 10.000 curtidas em uma publicação de instagram. Ficar com a Isabela no colo e observar o formato lateral de seu rostinho de bebê é a melhor hora extra que eu poderia fazer. A massinha grudada no tapete ou rastros de sujeira suspeita não tiram a paz. A casa cheia de adesivos, brinquedos e objetos erguidos ou escondidos não deve trazer desconforto. Muita coisa fora do lugar para fazer refletir que o que realmente deve ter lugar cativo e inegociável em nossas vidas é o amor de Deus, aceito e vivido, e nosso coração voltado ao serviço, cuidado e dedicação àqueles a quem Ele nos confiou a vida – e com o máximo possível de bom humor e alegria.


É bom ressaltar que, apesar de trabalhar fora, tenho bastante flexibilidade para dedicar tempo específico para brincar com minhas meninas. Agradeço muito a Deus por essa oportunidade. De uma “workaholic” que não pensava em ser mãe à uma pessoa que fica vendo fotos das filhas depois que elas dormem... Mas não pensem que deixei de gostar e desenvolver a vida profissional. Ela tem seu lugar.


Caso você esteja no grupo das que tentam, mas encontram dificuldades em se livrar dos quilos extras colocados sobre o relacionamento específico e necessário na área da diversão e descontração com as suas crianças, coloque isto diante de Deus e peça um espírito manso, humilde, alegre e leve como o de Cristo.


Esforce-se para não resistir aos chamados sutis ou escancarados dos seus filhos para aventuras da infância, que, como todos sabem, passa voando!


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