Após muitas idas e vindas de visitas ao lar. Chegou o grande dia, a nossa pequena Alice veio para a nossa casa.Um dia anterior tivemos a audiência com o juiz, foi emocionante, já estávamos todos na expectativa de buscá-la. Tudo pronto! Berço, roupinhas, chupeta, mamadeira.
Confesso que nos primeiros dias, em que ela estava em nossa casa, parecia ser uma amiguinha da Maria Victória (nossa primogênita). Logo eu, que me sentia tão preparada, descobri que o vínculo é algo que construímos dia após dia com a criança. Um misto de emoções e sensações visitou meu coração com dúvidas, questionamentos, a minha ficha caiu depois que ela estava no nosso lar.
Sempre muito feliz, sempre muito grata mas, a sensação era de um puerpério da adoção. Existe isso? Não sei. Só sei que vivemos muito em poucos dias, então parecia que a adrenalina do meu corpo estava baixando e agora, eu estava encontrando espaço no coração para aquela pequena que chegou e me arrebatou de amor.
Uma música que minha querida irmã me indicou para ouvir neste tempo de espera e decisões dizia assim:
“É meu somente meu todo , e o teu trabalho é descansar em mim”, lembro-me que escutava essa música repetidas vezes, e dizia essa canção como uma oração.
O processo de adoção não transforma somente a vida daquela criança que foi resgatada. Hoje posso te dizer, como mãe pela adoção, que a adoção transformou minha vida de muitas maneiras. O principal é que me fez entender e enxergar o amor do Pai por mim: Ele me escolheu, Ele tem uma história escrita pra mim, Ele me resgatou, e Ele me ama! A adoção é algo divino feito por Jesus, para unir propósitos e histórias. E que bom que nossa família disse SIM para adoção.
Vejo muitas mulheres com dúvidas, com questionamentos sobre qual é o momento ideal para adotar. Minha querida, ore, busque sabedoria em Deus, creia na soberania do Senhor para abrir todas as portas impossíveis que te levem a esse processo de adoção e ao seu filho ou filha tão desejado.
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