Meu filho completou seis meses, e nesses dias, o cansaço e um sentimento de urgência tem tomado conta do meu coração, diante de muitos ecos nesses corredores da maternidade.
Ando cansada, não só de corpo, mas principalmente de mente. Sem paciência para excesso de informações das redes sociais e da opinião alheia. Criei um tipo de aversão as promessas da maternidade sem falhas, cheia de virtudes difundida pela internet, bem como da idealização das pessoas ao meu redor a respeito da minha própria maternidade. Isso apenas se somou a minha casa desorganizada, minha sobrancelha por fazer e a vontade de vestir uma calça jeans e não conseguir uma que sirva.
Sim, há muitas coisas aqui e nada disso é responsabilidade dos outros, mesmo que os envolva. Porque no fim, a sobrecarga de muitas coisas nesse momento em meus ombros é fruto de escolhas minhas, mesmo que inconscientes, ainda minhas. Eu escolhi dar ouvidos a voz das promessas maternais da internet, eu escolhi seguir pessoas que eu não conheço e me comparar a elas constantemente. Eu escolhi me importar com o que as pessoas esperavam da minha maternidade, e entre corresponder a expectativa ou simplesmente viver o que me é possível, escolhi me indignar e perder a paz diante das opiniões que não posso mudar. Eu escolhi viver nesses últimos meses na sombra de coisas ditas que estão ecoando, sem nada somar à minha maternidade.
Diante das minhas escolhas, estou exausta, olhando para os meses que se passaram e lamentando o tempo e a alegria que perdi com coisas tão supérfluas. Então, um sentimento de urgência tem me tomado para aproveitar meu filho e esse tempo que Deus tem me dado, tendo isso como a prioridade para além das vozes que me chamam lá fora com alguma demanda.
É preciso escolher minhas batalhas. Ouvi isso muitas vezes da boca da minha cunhada. Recentemente, uma amiga me lembrou, e tive um surto de clareza de quantas batalhas eu estava travando sem necessidade, apenas por me importar demais com o que outros irão pensar. Deus já escolheu a batalha de hoje para mim, eu preciso parar de fugir dela em busca de outras.
É importante dar ouvidos ao que as pessoas têm a dizer: há sabedoria na multidão dos conselhos, já nos ensinava o sábio, mas a multidão de opiniões gera angústia, ansiedade e insatisfação.
A minha pergunta passou a ser: o que Deus tem a me dizer sobre a minha maternidade? Descobri que eu não tenho dado ouvidos a opinião de Deus, porque não sobrou espaço para ela nesses meses. Abri muito o Instagram e o Google, me importei demais com o que as pessoas disseram, mas abri pouquíssimo minha Bíblia nesse período, meus joelhos se dobraram menos ainda, e hoje, colho os frutos da escassez daquele que é tudo que preciso.
A Bíblia nos apresenta essa voz divina e nos convida a plenitude proveniente dela: “A Lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos.” (Salmos 19:7,8)
Essa voz acolhe e disciplina, constrange e traz paz, dá palavras que não precisam ser ponderadas, elas por si só são a ponderação. A voz de Deus não é um eco no vazio, ela é capaz de preencher os corredores sombrios, inclusive da maternidade.
Deus não tem expectativas sobre mim, Ele me conhece por completo. Quando a voz dEle prevalecer em meio ao que permeia a minha maternidade, os ecos serão apenas vozes, e eu saberei lidar com sabedoria com todas elas.
“Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos. O temor do Senhor é puro, e dura para sempre. As ordenanças do Senhor são verdadeiras, são todas elas justas.
São mais desejáveis do que o ouro, do que muito ouro puro; são mais doces do que o mel, do que as gotas do favo.
Por elas o teu servo é advertido; há grande recompensa em obedecer-lhes.
Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço!
Também guarda o teu servo dos pecados intencionais; que eles não me dominem! Então serei íntegro, inocente de grande transgressão. Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração.”
(Salmos 19:8-14)
Texto necessário! Muito bom!
Eu passei por algo parecido, me “entupi“ de saberes das redes sociais e internet e esqueci do principal manual, a palavra de Deus. Mas que bom que o Senhor abriu os meus olhos para ver que o caminho que estava percorrendo me levaria a ruína e Ele com amor me levou pra perto dele novamente 🥹